sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Diet X Light

    Por: Luísa Borges



                                                       A diferença entre light e diet


A maioria das pessoas confunde o que cada termo quer dizer. Qual deles o diabético pode consumir sem se preocupar (claro que respeitando as medidas certas)?
O produto diet significa que alguma substância daquele alimento foi retirada. Se o açúcar for retirado ele é recomendado para o diabético. Mas o que as pessoas se esquecem é de que quando um ingrediente é retirado de um produto, como o açúcar, há uma adição de outro componente pra manter a textura do produto, dessa forma as empresas geralmente adicionam gordura. Assim o produto diet não seria recomendado para pessoas que querem perder peso já que o teor de gordura aumentaria.
O produto light serve para pessoas que querem emagrecer. O que acontece é que o produto reduz as calorias que o alimento tem comparado com o convencional.



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Aplicação de insulina

Por: Juliana Malafaia 


Na diabetes tipo 1, a insulina é frequentemente aplicada e há vários meios de como aplica -la.
Cada tratamento é indicado para o paciente devido ao seu estilo de vida. Citarei aqui os principais tratamentos insulínicos para os diabéticos tipo 1, principalmente.

Aplicação com seringa: A aplicaçao feita com seringa é a mais comum pois é o método mais barato. O procedimento é simples, a insulina é colocada na seringa e aplicada a 45º graus, subcutâneo e nas áreas abdominal, braços, pernas e glúteos. Na seringa também é muito comum a mistura de duas insulinas para serem aplicadas juntas. A seringa deve ser descartada após o uso, porém pessoas que tem uma quantidade restrita de seringas mensais, ultilizam-as várias vezes antes do descarte.


Aplicação com caneta: A "caneta" de insulina é um dispositivo que parece uma caneta esferográfica, porem na sua ponta se encaixa uma agulha e "dentro" dela, se encontra o reservatório com a insulina. O preço das canetas é um pouco mais elevado do que da seringa. As agulhas utilizadas devem ser descartadas após a aplicação. Há dois tipos de caneta, as descartáveis e as permanentes.
~> Canetas descartáveis: são compradas ja com o reservatório de insulina e são descartadas após a utilização da insulina.
           ~> Canetas permanentes: a caneta e o reservatório são comprados separadamente. Após o fim do reservatório de insulina, a caneta se mantém e pode ser "recarregada", ou seja, outro reservatório pode ser colocado.
A aplicação feita com a caneta é feita a 90º graus, subcutâneo e nas areas abdominal, braços, pernas e glúteos.


Bomba de insulina: A bomba de insulina é um aparelho que é conectado ao corpo por um cateter subcutâneo que "bombeia" insulina o tempo todo, também conhecido como infusor de insulina ou. É o aparelho que mais se aproxima do pâncreas por ter uma insulina basal e um bolus sempre que o usuário come ou está em hiperglicemia. O cateter é aplicado dependendo do fabricante, porém sempre há um aplicador como ângulo correto para a aplicação que ocorre normalmente nas áreas abdominal, braços, pernas e glúteos. O reservatório de insulina fica dentro do aparelho, onde há um êmbulo que "empurra" a insulina de acordo com o que está programado no sistema do aparelho. O cateter deve ser trocado e três em três dias para que não ocorra inflamação.
A maior desvantagem da bomba de insulina é o alto custo do aparelho e dos insumos, como o cateter, reservatório onde fica a insulina, aplicador etc. O governo de alguns estados está disponibilizando o aparelho para pacientes cujo tratamento é indicado porém o processo é complicado e muito demorado, então a maioria dos pacientes acaba desistindo do requerimento.

Há estudos sobre a insulina inalável que seria ultilizado como uma insulina de ação rápida, porém não livraria as pessoas da aplicação da insulina basal necessária. Houve a entrada desse tipo de insulina no mercado, porém por causa do alto custo não se popularizou.

domingo, 17 de novembro de 2013

Os benefícios do exercício físico para o diabético.

Por: Luísa Borges


Não é novidade que o exercício físico faz muito bem à saúde. Traz vários benefícios aos sistemas respiratório e cardiovascular, fortalece os músculos, além da perda de peso.
Sabendo de todos os benefícios, como o exercício físico ajuda na prevenção e no tratamento de diabetes MT2?
                                 


O exercício físico tem o mesmo efeito que a insulina na captação de glicose. 
Para entender bem como isso acontece, temos que voltar um pouco e mostrar como a insulina funciona.


A insulina produzida no pâncreas é ativada quando os níveis de glicose e aminoácidos no sangue aumentam, logo após refeições. Seus efeitos consistem na captação de glicose, no bloqueio da produção de glicose e no aumento da síntese protéica. Tudo começa quando a insulina se liga a um receptor de insulina na membrana da célula (adiposa ou do músculo estriado). A ativação desse receptor resulta na autofosforilação de sua subunidade beta, em resíduos de tirosina desencadeando uma cascata de sinalizações que, por meio da ativação da proteína quinase B, convergem para que as vesículas que contem Glut-4 sejam transportadas do citoplasma para a membrana celular, permitindo assim a entrada de glicose na célula.


Atividades físicas praticadas constantemente (contração muscular) estimulam a entrada do Glut-4 (transportador de glicose 4) que consequentemente promove a captação de glicose, como na sinalização da insulina.
Existe uma enzima chamada de proteína quinase ativada por AMP (AMPK). O aumento dessa enzima, durante o exercício físico, para gerar ATP, promove a translocação do Glut-4 para a célula. Desse modo facilitando a entrada de glicose no músculo, semelhante ao que a insulina faz.  

Em um Diabético que tem um defeito na função da insulina para captação de glicose, o exercício físico consegue exercer essa função deixando assim a circulação com uma menor concentração de glicose, normalizando os índices glicêmicos.




Fontes:

sábado, 16 de novembro de 2013

Importância do diagóstico e do tratamento da DMG

Por: Alana Sampaio

Qual é a importância do diagnóstico da Diabetes Mellitus Gestacional?

O diagnóstico da DMG é de suma importância para saúde da mãe e do bebê, pois quando o quadro de diabetes gestacional  é identificado, se inicia o tratamento.
Quando a DMG não é tratada o feto recebe glicose em excesso, gerando o crescimento excessivo do bebê e como foi exposto a grandes quantidades glicêmicas ao nascer pode apresentar quadro de hipoglicemia.

Quais as consequências da DMG não tratada?
Apresenta maior risco de :

  • Apresentação pélvica
  • Rotura prematura de membrana
  • Feto macrossômico
  • Policitemia com hiperviscosidade sangüínea
  • Hipoglicemia, hipocalcemia, hipomagnesemia
  • Síndrome de angústia respiratória
  • Cardiomiopatia
  • Icterícia
  • Risco de pré-eclampsia nas gestantes com DMG não tratada


A atividade física é importante durante a gestação?
Sim, pois reduz a taxa glicêmica.

Há estudos que mostram que a  utilização da insulina é mais eficiente no tratamento da Diabetes Mellitus Gestacional que a dieta, porém são necessários mais estudos com relação à isso.

Bibliografia:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42302008000600006&script=sci_arttext
http://www.tuasaude.com/diagnostico-da-diabetes-gestacional/

Diabetes Mellitus Gestacional e Grupo de risco

Por: Alana Sampaio

O que é?

O alto nível de glicose no plasma sanguíneo diagnosticado durante a gestação.

Causas da DMG?

Durante a gravidez ocorre a elevação de hormônios que possuem ação contrária à ação do hormônio insulina, são contra-reguladores, impedem que a insulina desempenhe sua função no organismo.
O hormônio lactogênico placentário é o principal hormônio contra-regulador, porém, há outros hormônios contra-reguladores: cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina.

Como a DMG é diagnosticada?

É recomendado que sejam feitas testes a partir da 24ª semana gestacional. O diagnóstico é feito em duas etapas: glicemia em jejum e um exame da curva glicêmica.

Quais são os sintomas da DMG?

Normalmente há ausência de sintomas, porém em alguns casos a gestante pode apresentar alguns sintomas.

Qual é o grupo que apresenta maior tendência de desenvolver DMG?
  • Gestantes acima do peso ideal;
  • Com mais de 25 anos de idade;
  • Sedentárias;
  • Possuem familiares próximos com diabetes;
  • Apresentam hipertensão arterial;
  • Tenham histórico de excesso de hepergicêmia;
  • Possuem excesso de líquido amniótico;
  • Tiver dado a luz a um bebê sem vida.
O grupo de risco deve realizar exames antes da  24ª semana gestacional.

Bibliografia:


Pré diabetes

Por: Igor Beraldo

                                               

                                                                    Pré diabetes
A pré diabetes é uma condição que antecede a diabetes tipo 2  e pode ser combatida com hábitos saudáveis.
A pré diabetes  é uma condição reversível que ocorre ,de acordo com a reportagem ,  quando a taxa de açúcar no sangue está entre 100 e 125 mg/dl.
As sequelas são as seguintes:
·         As pessoas começam a ter resistência a insulina , ou seja as células precisam de mais hormônio para ter a mesma resposta.
·         Nessa fase já é  comum encontrar doenças cardíacas e acúmulo de gordura nas artérias
Entre os fatores de risco estão a hipertenção , triglicérides altos , casos de doenças na família...
Um dos tratamentos mais usados é a atividade física que tende a reduzir o peso corporal em cerca de 5 a 7%
Algumas recomendações para a pré diabetes são:
  • cereais integrais
  • frutas, principalmente ricas em antioxidantes e bases
  • legumes, verduras, leguminosas
  • poucos laticínios
  • um mínimo, melhor nada de carnes
  • água de boa qualidade (=pH =/>7; poucos minerais)
  • algumas ervas em forma de chá ou cápsulas
  • limão como co-adjuvante


Fontes:

Diabetes LADA e MODY

Por: Igor Beraldo



                                                   Diabetes tipo lada e mody
A diabetes tipo lada é uma doença autoimune como a diabetes tipo 1 só que ela é pouco conhecida pela população em geral. Atingindo cerca de 8% a 10% da população seu diagnóstico requer um exame específico.
A diabetes tipo lada é uma diabetes que por uma razão ainda desconhecida  pela medicina , o corpo destrói as células beta (que produzem insulina) tratando-as como se as células fossem organismos externos ao corpo.
É um tipo de diabetes que aparece mais depois dos 35 anos de idade do que outras faixas etárias. Geralmente aqueles que tem diabetes nessa faixa etária tem diabetes tipo 2 com fatores como obesidade e sedentarismo, mas a diabetes tipo LADA não necessariamente  apresenta estes fatores.
A destruição de células no tipo LADA ocorre muito mais lentamente do que no tipo 1.
Alem de medicamentos também é recomendado evitar o fumo, fazer exercícios, controlar a alimentação e se não tratado o doente pode desenvolver sequelas como neuropatia diabética  e nefropatia.
A diabetes tipo mody é causa por uma alteração do gene que regula a insulina  o que torna essa doença claramente hereditária.
A diabetes tipo MODY tem 6 tipos  no total e  está relacionada com erros de  transcrição e transporte da insulina no sangue.


Fontes:
http://diabetes-biobio94.blogspot.com.br/2011/11/diabetes-mellitus-do-tipo-mody.html
http://www.jamediu.com.br/profiles/blogs/o-que-e-diabetes-do-tipo-lada


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A relação: açúcar x diabetes T2

Por: Luísa Borges



O açúcar comum é na verdade a sacarose (C12H22O11), um dissacarídeo (monossacarídeo + monossacarídeo). Os monossacarídeos que formam à sacarose são a glicose e a frutose. A glicose com um grupo aldeído e a frutose com um grupo cetona, sendo as duas de mesma forma molecular (C6H12O6). 




O grande problema do açúcar (sacarose) é a molécula de frutose nele contida. Pelo fato da frutose ter um potencial adoçante, muitas empresas alimentícias vem utilizando esse carboidrato para aumentar o sabor e a doçura dos alimentos. O problema é que o excesso de frutose tem importante papel na obesidade e por sua vez a obesidade está ligada ao diabetes tipo 2. 
A absorção da frutose aumenta quando ela é ingerida como sacarose. Na absorção da glicose, a frutose desloca passivamente entre fluidos para dentro da célula, desse modo facilitando seu metabolismo. A frutose estimula a atividade de enzimas no fígado. Essas atividades resultam numa maior síntese de lipídeos, assim elevando os níveis de gordura.




As células de gordura desenvolvem uma resistência à ação da insulina quando há um número muito grande de ácidos graxos dentro delas. Essa resistência impede a entrada de mais ácidos graxos para que a célula não aumente excessivamente seu tamanho.
A deficiência na ação da insulina faz com que a quantidade de ácidos graxos aumente na corrente sanguínea, estimulando o pâncreas a produzir insulina para que os ácidos graxos sejam levados para as células de gordura. Virando um ciclo crescente, já que cada vez mais a resistência aumenta.
Como há uma incapacidade da insulina exercer seu efeitos a pessoa adquire diabetes tipo 2.





quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Dia Mundial do Diabetes



Hoje, 14 de novembro, é o DIA MUNDIAL DO DIABETES!

Com o tema da campanha 2013 - “Diabetes: Proteja Nosso Futuro” estão sendo programadas palestras, corridas, caminhas, testes de glicemia e a iluminação de azul de diversos monumentos, pontos turísticos e prédios para chamar a atenção da população e das autoridades sobre a importância da prevenção e cuidados no tratamento do diabetes. Vale a pena conferir os sites da SBD e Dia mundial do Diabetes!!

Aí vão algumas informações da SBD sobre o símbolo utilizado na campanha!

“Por que um círculo azul?

A campanha para a Resolução das Nações Unidas sobre Diabetes foi liderada pela Federação Internacional de Diabetes (IDF). Ela é representada por um ícone simples, que pode ser facilmente adaptado e usado em todos os lugares. O ícone clama a união pelo diabetes e simboliza o apoio à Resolução das Nações Unidas sobre Diabetes.

O Conceito

Desde o início, a IDF buscou um símbolo simples, de modo a facilitar a reprodução em larga escala e facilitar o uso para qualquer pessoa que quisesse dar apoio à campanha. A ideia era ser algo tão simples, que uma criança pudesse desenhar com um giz de cera. O ícone pode ser facilmente reproduzido a um baixo custo e é facilmente integrado a qualquer campanha pelo diabetes.

A Escolha da Forma

Os círculos estão sempre presentes na natureza e têm sido usados como símbolo desde os primórdios da civilização. O significado do círculo é extremamente positivo. Em várias culturas, simboliza a vida, a mãe terra e a saúde. Nesta campanha, ele simboliza a união. A comunidade global de diabetes se juntou para dar apoio à Resolução das Nações Unidas sobre Diabetes. Nossas forças unidas foram a chave para fazer essa campanha tão especial.

A Escolha da Cor

O azul representa o céu e é a mesma cor da bandeira das Nações Unidas, que representa também a união entre os países. É a única entidade que pôde apelar aos governos de todos os lugares que era hora de reverter a epidemia global de diabetes, que ameaça o avanço econômico e que causa tanto sofrimento.


Publicado em 23/09/2010 - Categorias: Dia Mundial do Diabetes |”

Fontes:

Dia Mundial do Diabetes
http://www.diamundialdodiabetes.org.br/2013/11/14/por-que-um-circulo-azul/

domingo, 10 de novembro de 2013

Cetoacidose

 por Juliana Malafaia

           Sempre que o diabético se encontra em quadro de hiperglicemia é recomendado que ele faça o chamado de "teste da cetona". Este teste é necessário pois quando as taxas de glicose estão muito altas no corpo ( > 250 mg/dl) , mostrando que não há insulina suficiente, a toda essa glicose não consegue passar para dentro das células e o fígado queima gorduras e proteínas em necessidade ao substrato respiratório, ou seja, a glicose. Quando esse processo ocorre, o fígado produz cetonas ,que são substancias toxicas para o organismo, que em grande quantidade podem prejudicar o corpo, podendo até modificar o pH sanguíneo.
Quando a quantidade de cetonas é muito alta, a pessoa encontra-se em estado de cetoacidose. Na cetoacidose, o pH do sangue pode diminuir, causando edema cerebral; outras complicações podem surgir com o quadro da cetoacidose, como por exemplo hipocalemia, hipoglicemia e arritmia cardíaca.
Normalmente o teste é feito com o uso da urina, porém não é muito confiável. É uma tira, como a do glicosímetro porém é submersa em urina, que dependendo da quantidade de cetonas, a parte com o reagente ficará de uma determinada cor. Já quando o teste é feito com o sangue, é feito em glicosímetros específicos que também medem cetonas, porém a fita utilizada não é a mesma da medição de glicose.

Fita ultilizada para medir cetonas por meio da urina.
Após a reação, a cor obtida é comparada ao quadro para verificar  a quantidade de cetonas no corpo.

Diabéticos (principalmente tipo 1) estão mais "propícios" a cetoacidose pois, como aplicam a insulina, há uma chance maior de erro na quantidade de insulina no corpo do que em pessoas não diabéticas. Porém a cetoacidose pode ocorrer por outras razões também, como aumento de hormônios contra reguladores da insulina, como glucagon, adrenalina, hormônio do crescimento e cortisona. A quantidade desses hormônios podem alterar-se em situações de stress, infecções desde as mais simples até as mais graves. Quando a cetoacidose acontece em diabéticos e em razão da diabetes, o quadro é chamado de cetoacidose diabética.
Para o tratamento da cetoacidose, é necessária a correção da hiperglicemia, correção dos déficits de eletrólitos e manutenção da hidratação, com reposição das perdas de água.

fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/cetoacidose
http://www.portaldiabetes.com.br/diabetes/diabetes-sobre/glicemia-estados/
http://www.tiabeth.com/tiabeth/wp/artigos/2013/10/21/o-que-sao-cetonas-e-por-que-eles-sao-importantes-para-a-auto-gestao-da-diabetes/

Hemolobina Glicada

 Por: Valesca Trapp

            O termo genérico hemoglobina glicada refere-se a um conjunto de substâncias formadas com base em reações entre a hemoglobina normal do adulto (hemoglobina A) e alguns açúcares (DIRETRIZES SBD, 2006).

O nível de hemoglobina glicada reflete a glicemia média de um indivíduo durante dois a três meses anteriores à data da realização do teste, devendo ser colhido rotineiramente, mínimo duas vezes ao ano, nos pacientes com DM para documentar o grau de controle glicêmico. Tendo assim grande eficácia na avaliação do nível de controle glicêmico e da eficácia do tratamento (DIRETRIZES SBD, 2006). Já os testes de glicemia indicam o nível de glicose sanguínea no momento da realização do exame. Para uma avaliação mais global e clinicamente fundamentada o conjunto dos testes é excelente, pois as informações fornecidas por ambos se complementam.

Os níveis de hemoglogina glicada para adultos acima de 7% estão relacionados a um  risco maior de complicações crônicas, e a partir desse desse nível começa efetivamente a apresentar progressão significativa de retinopatia, nefropatia, neuropatia e microalbuminúria, tendo sociedades médicas que adotam níveis acima de 6,5%.

Em diferentes fases da vida níveis diferentes de hemoglobina glicada são aceitáveis:

a) crianças na fase pré-puberal até 8%;
b) em adolecentes na faixa puberal < 8%;
c) na faixa final da puberdade e em adultos < 7%;
d) em idosos o nível deve ser individualizado, podendo ser ≥ 8%, para idosos já fragilizados e;
e) < 6% para gestantes com DM, porém não devendo ser utilizado durante a gestação, pois as alterações dos níveis de hemoglobina glicada podem demorar dois meses ou mais para refletir uma inadequação no controle glicêmico.
           
Fontes:

Diretrizes SDB 2006 – Tratamento e acompanhamento do Diabetes Mellitus
(http://www.diabetes.org.br/educacao/docs/diretrizes.pdf) (Acessado 10/11/2013 16:00)

Grupo Interdisciplinar de padronização da hemoglobina glicada A1C - Atualização sobre hemoglobina glicada (a1c) para avaliação do controle glicêmico e para o diagnóstico do diabetes: aspectos clínicos e laboratoriais. Posicionamento oficial 3ª ed, 2009



sábado, 9 de novembro de 2013

Tipos de insulina

por Juliana Malafaia

          A insulina é ligada a parede celular por um receptor. Esse receptor é uma glicoproteína constituida por subunidades (alfa e beta), ligadas por pontes de sulfeto. A subunidade alfa é externa a membrana celular, portanto ela e quem se liga a insulina e a subunidade beta e uma proteína transmembrana que possui atividade de tirosina quinase, um que os residuos de tirosina são passíveis a fosforilação.
Quando a insulina se liga a subunidade alfa, acorre a auto fosforilação cruzada das subunidades beta, onde o resultado e uma cascata de fosforilação de proteínas sinalizadoras. Este evento esta relacionado ao metabolismo, transporte e proliferação celular.

Em diabéticos, especificamente do tipo 1, a insulina tem de ser injetada para que esse processo ocorra e para cada pessoa será indicada uma certa quantidade e tipo de insulina, pois cada tipo de insulina tem um tempo e uma ação no organismo. Os principais tipos de insulina são:


  • Insulina de Ação Rápida: começa a agir em aproximadamente 30 minutos. O seu pico é em 2 horas após a aplicação e sua ação dura até 8h. Essa insulina também e conhecida como insulina simples ou regular e possui uma aparencia límpida (transparente).
  • Insulina de Ação Ultra-rapida: sua ação se inicia muito rapidamente, aproximadamente de 1 a 5 minutos após a aplicação. Atinge o pico após 30 minutos, porem sua ação se prolonga ate 3h. Tem uma aparência cristalina e é a insulina mais parecida com a produzida pelo pâncreas.
  • Insulina de Ação Lenta: sua ação inicia-se de 1 a 3 horas, atinge seu pico em 8 a 12 horas e age até 20 horas após a aplicação. Tem aparência leitosa devido aos elementos retardadores da velocidade de ação, como por exemplo o zinco.
  • Insulina de Ação Ultralenta: sua aço tem inicio de 4 a 6 horas, seu pico acontece após 12 a 16 horas e pode agir até 36 horas após a aplicação. Assim como a Insulina de Ação Lenta, também possui aparência leitosa devido aos elementos retardadores da velocidade.
  • Insulina de Ação prolongada: há as insulinas que são produzidas por técnicas de recombinação genética, em que a insulina age por aproximadamente 24horas.

Tabela 01
fonte: http://www.diabetes.org.br/colunistas-da-sbd/diabetes-tipo-1/1863

Tabela 2: quantidade de insulina no corpo por horas passadas da aplicação. Insulinas identificadas por nome comercial
fonte: http://www.anad.org.br/institucional/Tipos.asp



fontes: www.diabetes.org.br/sala-de-noticias/134
www.biomedicinapadrao.com/2011/04/o-receptor-de-insulina.html?m=1
www.anad.org.br/institucional/tipos.asp

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Diagnóstico

Por: Valesca Trapp

Os atuais critérios aceitos para diagnóstico de diabetes mellitus foram modificados em 1997 pela American Diabetes Association, e posteriormente aceitos pela OMS e Sociedade Brasileira de Diabetes. Atualmente são três os critérios aceitos para diagnóstico de DM:

-  Presença de sintomas clássicos de poliúria (aumento anormal da urina excretada) , polidipsia (excessiva sensação de sede) e perda de peso inexplicada.  Em casos como esses, uma medida casual de glicose plasmática de 200mg/dL ou mais é o suficiente para confirmar o diagnóstico de diabetes mellitus no paciente. Em caso da suspeita de diabetes não ser confirmada com esse teste casual, devem ser realizados testes diagnósticos adicionais;

            - Glicemia de jejum  126mg/dL, em caso de pequenas elevações deve-se aplicar o teste em dia posterior para o diagnóstico ser confirmado;

            - Glicemia de 2 horas pós-sobrecarga de 75g de glicose acima de 200mg/dL.

          Entre estes, existe um grupo intermediário de indivíduos, que não podem ser considerados normais pois suas glicemias são muito elevadas, porém também não preenchem os critérios para diagnóstico de DM. Nesses casos foram consideradas as categorias de glicemia de jejum alterada e tolerância à glicose diminuída, com critérios definidos na tabela abaixo retirada do Diretrizes SDB 2006:



          Atualmente tem-se dado maior ênfase em duas categorias de risco para diabetes, intolerância à glicose (IG) e intolerância à glicose de jejum (IGJ), as quais devem ser tratadas com adequação da dieta e exercícios físicos. Pacientes que mostram IGJ e IG concomitantes têm maior risco de desenvolver diabetes.



            A American Diabetes Association aprovou a triagem com intervalos de 3 anos a partir dos 45 anos. Uma triagem mais frequente é recomendada para indivíduos com histórias pessoais de IG, IGJ, hipertensão, obesidade, diabetes gestacional ou dispilemia ou pacientes que possuem parentes de primeiro grau com diabetes bem como pacientes de grupos étnicos de alto risco (nativos americanos, hispano-americanos, afro-americanos).


Fontes:


Diretrizes SDB 2006 - Tratamento e acompanhamento do Diabetes Mellitus (http://www.diabetes.org.br/educacao/docs/diretrizes.pdf) (Acessado 10/11/2013 16:00)

Projeto Diretrizes. Diabetes Mellitus: Classificação e Diagnóstico - Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. 2004


GOLDMAN; AUSIELLO. Cecil Medicina, Adaptado à realidade brasileira. Tradução da 23ª ed 2ª triagem. Elsevier Saunders.