O termo
genérico hemoglobina glicada refere-se a um conjunto de substâncias formadas
com base em reações entre a hemoglobina normal do adulto (hemoglobina A) e
alguns açúcares (DIRETRIZES SBD, 2006).
O nível de hemoglobina glicada reflete a glicemia média de
um indivíduo durante dois a três meses anteriores à data da realização do teste,
devendo ser colhido rotineiramente, mínimo duas vezes ao ano, nos pacientes com
DM para documentar o grau de controle glicêmico. Tendo assim grande eficácia na
avaliação do nível de controle glicêmico e da eficácia do tratamento
(DIRETRIZES SBD, 2006). Já os testes de glicemia indicam o nível de glicose
sanguínea no momento da realização do exame. Para uma avaliação mais global e
clinicamente fundamentada o conjunto dos testes é excelente, pois as
informações fornecidas por ambos se complementam.
Os níveis de hemoglogina glicada para adultos acima de 7%
estão relacionados a um risco maior de
complicações crônicas, e a partir desse desse nível começa efetivamente a
apresentar progressão significativa de retinopatia, nefropatia, neuropatia e
microalbuminúria, tendo sociedades médicas que adotam níveis acima de 6,5%.
Em diferentes fases da vida níveis diferentes de
hemoglobina glicada são aceitáveis:
a) crianças na fase pré-puberal até 8%;
b) em adolecentes na faixa puberal < 8%;
c) na faixa final da puberdade e em adultos < 7%;
d) em idosos o nível deve ser individualizado, podendo ser ≥
8%, para idosos já fragilizados e;
e) < 6% para gestantes com DM, porém não devendo ser
utilizado durante a gestação, pois as alterações dos níveis de hemoglobina
glicada podem demorar dois meses ou mais para refletir uma inadequação no
controle glicêmico.
Fontes:
Diretrizes SDB 2006 – Tratamento e acompanhamento do
Diabetes Mellitus
(http://www.diabetes.org.br/educacao/docs/diretrizes.pdf)
(Acessado 10/11/2013 16:00)
Grupo Interdisciplinar
de padronização da hemoglobina glicada A1C - Atualização sobre hemoglobina
glicada (a1c) para avaliação do controle glicêmico e para o diagnóstico do
diabetes: aspectos clínicos e laboratoriais. Posicionamento oficial 3ª ed, 2009
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